Aqueles dentinhos de leite tão certinhos, tão perfeitos… Um certo dia eles caem e nascem uns dentões enormes! E ainda por cima separados. Como pode ser?
Por volta dos seis ou sete anos acontece a troca dos dentes incisivos superiores. Não são os primeiros a trocarem. Um ano antes já caíram dois dentes inferiores.
Pois bem: os incisivos superiores, realmente, são bem maiores que os seus antecessores de leite. E vêm com frequência se afastando um do outro, abrindo um espaço bem no meio do sorriso.
Observem esta radiografia e vejam que os incisivos laterais “forçam” a raiz dos dois dentes centrais, criando um movimento de alavanca. O resultado é o afastamento das coroas dos incisivos centrais.
Esta situação é fisiológica, ou seja, é normal e esperada.
Com o nascimento dos incisivos laterais, o que ocorre um ano depois, em média, a tendência é o espaço fechar.
Portanto, aqueles dentes separados devem ser entendidos como uma situação transitória, esperada para a idade da criança.
Há variações que podem contribuir com a permanência do espaço entre os dentes. Entre elas, a ausência dos incisivos laterais, a presença de dentes extras, o freio desenvolvido e questões hereditárias específicas.
O ortodontista e o odontopediatra são profissionais que podem ajudar a esclarecer e a solucionar as diversas situações de alterações nas posições dentárias.
O que vale saber é que, na grande maioria das vezes, a natureza vai se incumbir de fechar o espaço.
E viva os dentões!
Este post teve a colaboração da ortodontista Maria Dolores Fernandes Amorim.